segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Não se cale! Denuncie!

Recentemente muitos de nós recebemos emails e vimos reportagens alertando para a prática do “Estupro Corretivo” na África do Sul. Uma corrente de defesa dos Direito Humanos liderada por ativistas na Cidade do Cabo deu notoriedade mundial ao problema a partir do covarde caso ocorrido com Millicent Gaika, estuprada cruelmente por homens que tentavam “cura-la do lesbianismo”.

Histórias como a de Gaika e de outras mulheres africanas que tem sua genitália mutilada num ato considerado cultural, apesar de extremamente desumano, são casos fortes e impiedosos de violência contra a mulher. Apesar da motivação dessas práticas serem uma realidade mais distante da brasileira, os últimos dados divulgados pela Secretaria de Políticas para Mulheres – SPM, mostra que entre janeiro e julho de 2010 houve um aumento de 112% nas denúncias de violência doméstica contra a mulher registradas pelo Ligue 180.

A Lei Maria da Penha criada em 2006, o Atendimento a Mulher através do número 180 e as Delegacias Especiais de Atendimento a Mulher (DEAM) são mecanismos importantes que visam coibir e prevenir a violência doméstica contra as mulheres no Brasil. Muito se tem feito para sensibilizar todas e todos para essa questão social que se revela cada vez mais próxima do nosso cotidiano. A agressão física e/ou psicológica pode se fazer presente não só na casa de vizinhos como na sua própria família.

O medo e a vergonha ainda configuram como as principais justificativas das mulheres em não denunciar seus companheiros. Ao mesmo tempo, em conseqüência da impunidade, esses sentimentos ainda contribuem para o crescimento das ocorrências desse crime. O receio e a hipocrisia, nesse contexto, podem se confundir no mesmo tapa.

E vocês o que acham?